domingo, 23 de junho de 2013

Manifestação em Sorocaba

Sou cético em relação às mudanças políticas em nosso país.

No entanto, fiquei surpreso quando a população foi às ruas reivindicar, em forma de protesto, o acréscimo indevido e abusivo dos R$ 0,20 centavos mais caros da história do transporte público brasileiro.

Em relação ao comparecimento dos manifestantes, confesso que inicialmente não acreditava que o movimento tomasse tamanha proporção em tão pouco tempo.

Atento a duas hipóteses: a indignação dos brasileiros sobre as formas de governos corruptas e criminosas que os políticos praticam desde 1500. “Isso não é apenas por vinte centavos”. É o “Mentos” que caiu na geração Coca-Cola, com saudações a Renato Russo.

E outra convicção do blogueiro são as redes sociais. É a primeira grande manifestação do Brasil na era digital; fato que contribuiu para a divulgação das passeatas por todo o país, além de propagar e ascender ideais de novos “ativistas”.

Mesmo que esses ultrapassem o espírito da coisa!

A tecnologia, às vezes, atrapalha o discernimento dos ativistas, razão pela qual existem inúmeros dados e informações extremamente manipuladas circulando, mas isso é assunto para um próximo post.

O blog participou apenas do protesto em Sorocaba, na última quinta-feira (20), de acordo com o Jornal Cruzeiro do Sul, o número de manifestantes gira em torno de 15 a 20 mil. Discordo deste número, acredito que chegou à casa dos 30.

A manifestação começou na Praça do Canhão, seguindo pela Rua Álvaro Soares, descendo a Francisco Scarpa, virando na altura da Praça da Bandeira, seguindo a imensa Avenida Afonso Vergueiro, sentido marginal Dom Aguirre.

E foi lá que houve uma divisão dos participantes. Uma parte seguiu sentido à prefeitura, falar com os patos e grilos que lá habitavam, pois 8 horas da noite é muito difícil encontrar algum político trabalhando por lá. O restante seguiu em direção ao terminal São Paulo — onde o esquema de segurança estava preparado para um possível confronto, que não ocorreu em nenhum momento. E por fim a Praça Frei Baraúna foi o palco de despedida.

Que este show repita-se mais vezes com foco e disciplina, mas não precisa seguir o trajeto imposto pela URBES (empresa que “administra” o trânsito de Sorocaba).

 Por que o gigante acordou e espero que não volte a dormir.



domingo, 31 de março de 2013

Corinthians vence São Paulo de virada


Começou quente, aos 4 minutos do primeiro tempo Jadson abre o placar para o São Paulo. Os 12 minutos iniciais da partida era uma disputa acirrada de qual time fazia mais faltas.

O Lateral Fábio Santos, do Corinthians, quase empata em um belo chute à esquerda de Rogério Ceni, aos 13 minutos. Jadson estava com sede de gols e fez um lançamento milimétrico para Osvaldo, que acabou desperdiçando a chance do tricolor ampliar o jogo.

O São Paulo dominava a partida com tranquilidade, os meias Ganso e Osvaldo estavam entrosados e fazendo boas ligações com o setor ofensivo, porém cometiam algumas faltas desnecessárias que interrompiam o clássico.

Segundo aquele ditado de boleiro: “Quem não faz, toma”, Emerson Sheik em um contra-ataque Corintiano lança Danilo, que finta com a perna esquerda e chuta no ângulo do gol de Ceni, que tenta, mas não consegue a defesa milagrosa. E vê seu time ceder empate aos 42 da primeira etapa.

O segundo tempo começou com as duas equipes tendo chances de gol.

Aos 11, Tite troca o ataque Guerrero por Alexandre Pato, que entra dando mais velocidade e toques refinados ao clube alvinegro.  Aos 16, Rogério Ceni faz uma lambança chutando o vento e quase entrega um gol de bandeja; rapidamente consegue se redimir.

Em uma falha da defesa São Paulina, Ceni divide uma bola com Pato e acaba cometendo um pênalti polêmico. Cinco minutos dos jogadores pedindo a anulação do lance não adiantou.

Aos 37, Pato cobra e vira o jogo.

Depois do lance só houve um lance de perigo com Wallyson, para o São Paulo. Na partida que terminou aos 50, em razão do tempo parado no pênalti de Pato.


domingo, 24 de fevereiro de 2013

A Culpa é de quem?



Qualquer fato que envolva o Corinthians a proporção aumenta desenfreadamente. A morte do garoto Kevin Espada, de 14 anos, causada pelo disparo de um sinalizador por um torcedor corintiano, estampa o clube mais uma vez em diversas manchetes e sites pelo mundo.

Exceto Kevin, todos têm a sua parcela de culpa na tragédia.

A Conmembol pela organização negligente dos torneios continentais. Há anos os atletas correm o risco de serem mortos cobrando um simples escanteio, onde a polícia precisa fazer proteção com escudos para eles não levarem uma pedrada na cabeça. Cabe a ela mesma uma punição pela entrada do artefato no jogo, mas quem irá lhe punir?

Ao Corinthians por manter um relacionamento tão afetivo com as torcidas organizadas. Que, muitas vezes, interferem em políticas e decisões no departamento de futebol. A facilitação deles para com as vendas de ingressos, por exemplo, prejudicam os torcedores não afiliados em diversos campeonatos.

As organizadas por não cadastrarem devidamente seus sócios e não puni-los quando se envolverem em confusão. E isso acontece. Quase todos integrantes das torcidas não estão preocupados no bom desempenho do time, e sim em arrumar briga e manter o status de “superiores”, perante as outras torcidas.

Eu disse quase, não todos.

E ao responsável que atirou o sinalizador em outra torcida acidentalmente ou não, ele terá que ser punido individualmente, para refletir no que fez.

A Punição

Algo tinha que ser feito sem sombras de dúvidas. No entanto, banir o clube da competição seria um suicídio financeiro para o campeonato, para televisão e para Conmembol. O mesmo se aplica para a continuidade da punição, caso o Corinthians avance para a segunda fase.

Doze torcedores estão presos, se um deles for realmente o atirador, porque não está provado se o autor ainda está na Bolívia, qual a razão dos outros onze estarem juntos? Não foi atirado um míssil.

A manobra

Supostamente, para livrar os torcedores presos na Bolívia, o Corinthians anunciou na manha de hoje, no programa “Esporte Espetacular”, que o verdadeiro culpado está no Brasil é menor de idade e se apresentará amanhã na Vara da Juventude em Guarulhos-SP. Caso isso seja verdade, a extradição dos doze detidos não é nada garantida. Que isso não seja um tiro no pé.

A Dor

Com prisões ou indenizações milionárias, nada devolverá a vida do garoto. Infelizmente as fiscalizações ocorrem tarde.

Muito tarde.

domingo, 16 de dezembro de 2012

O mundo é nosso!!!



Obviamente o jogo entre Corinthians versus Chelsea — visto hoje no estádio Yokohama, no Japão, seria mais um tema que Guy Debord incluiria em sua renomada e mais conhecida obra: “A Sociedade do Espetáculo”, publicado em 1967. Neste renomado livro, são apresentados críticas sobre consumo, sociedade e capitalismo, mas com o acréscimo do capítulo alvinegro, seria mostrado o poder de uma torcida absolutamente fanática e aliada ao seu time em todas as suas conquistas; desde 1910.

O bicampeonato mundial começou quando o time foi ao lodo da sua história e caiu em 2007. É uma loucura esta tese, mas é a franca realidade. A parcela de sua torcida sempre presente com um belo trabalho de marketing do clube fechando patrocínios acima da média para uma série B, e criando produtos de incentivo ao clube em sua retomada à elite foram fatores fundamentais para reconquista do mundo no dia de hoje!


Somente um bando de loucos atravessaria o mundo para ver seu time jogar. Dos 68.265 espectadores na final 80% eram corintianos. Quer loucura mais saudável que isso?

Com a bola rolando as duas equipes tiveram boas chances de gols no primeiro tempo.  No lado do Corinthians com Sheik, e na equipe inglesa com Moses, em uma defesa magnifica de Cássio. O goleiro corintiano teve uma atuação extremamente decisiva no jogo salvando o time em outras oportunidades dos Blues.

Aos 23 minutos do segundo tempo, com uma jogada iniciada por Paulinho, que passou por Danilo, que chutou com a perna direita que não possui aquela potência e sobrou para o Guerrero mais guerreiro do time abrir o placar e cravar a bandeira do Corinthians no globo terrestre.

A partir daí meu amigo o domínio do clube brasileiro foi claro, com pequenos sustos em algumas oportunidades de seu rival, pois tudo que é fácil ou tá errado ou não é Corinthians.

O mundo pode acabar, mas para os antis-corinthianos, pois quem é alvinegro está com o coração feliz. Só quem é Corintiano de verdade sabe o bom sentimento que está sendo fechar a boca de pessoas que desqualificavam a primeira conquista do mundial em 2000, e zombava de não sermos campeão das américas. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O tatame e as mulheres




As donzelas não são mais delicadas como antigamente. Calma, amigo Vinícius de Moraes, a beleza continua sendo fundamental; mas como diria nosso ilustre Wilde: “Só os tolos não julgam pela aparência”.

Ao escutar essas duas frases: uma do nosso querido Poetinha, e outra do irlandês que mais entendia de frases românticas em sua terra, as mulheres trocaram horas nos salões de beleza, por derretimento de calorias em aulas de Muai Thay.

A Tailândia, país de origem da arte, nunca imaginara que seu esporte de autodefesa – tornasse um aliado para mulheres perderem seus dois quilos sempre elevados.

A Passarela foi nocauteada pelo tatame milagroso.

Moraes, nosso grande poeta, pensaria duas vezes em recitar a sua infame frase parafraseada no início do texto. Um chute bem aplicado em cavidades perigosas é mais forte que uma ressaca de um uísque paraguaio. Que convenhamos: é bem dolorida!

Relaxem boêmios. Depois que vocês foram escrever suas poesias em outro local, o mundo virou de pernas pro ar. Porém, a beleza feminina, e seus sentimentos incompreensíveis continuam o mesmo. 

Com o passar dos anos, e a liberdade feminina aflorando a cada primavera, verão, outono ou qualquer estação que seja, é superpositivo vê-las dominando diversos palanques antes masculinizados. Além de “embelezar” o ambiente, mostram que não há diferenças de sexos para liderar nada.

As mulheres que governam alguns países neste mundão afora mostram sua persuasão mais forte que seus decotes.  São guerreiras idealistas, que não precisam de uma megaexposição “siliconada” para imporem suas forças autoritárias.

Dilma é o exemplo mais clássico de lutadora. Embora, até onde eu sei, não praticou muai thay para perder um pouco sua silhueta. Lutou na ditadura, nocauteou um câncer, foi eleita a primeira “Xerife” do Brasil e conquistou o prestígio e reconhecimento da forbes a tal glamorosa magazine americana.

Encrenqueiras profissionais ou não, o tatame é pisado por vocês o tempo todo. Cabe a todas lutadoras derrubarem seus adversários, com chutes potentes ou com artimanhas próprias.

(Crônica produzida pelo aluno Danilo Corrêa para a Agência de Jornalismo UNISO.)



sexta-feira, 22 de junho de 2012

Final épica

Não é utopia.

É fato consumado.

O Corinthians está na final da libertadores contra o grandíssimo e perigoso Boca Juniors. Que acabara de se classificar em um jogo competitivo contra a Universidad do Chile, na capital Chilena.

Riquelme, que de bobo não tem nada, organizou e liderou muito bem o time argentino. Com estilo patagônico, fez o que os galácticos santistas não fizeram ontem: jogou como um jogador de futebol.

Com perdão às “Neymarzetes”.

Dois times com torcidas extraordinárias, uma ligação de fé e loucura que praticamente não existe no futebol mundial. No entanto, o Boca é muito experiente na competição com um histórico muito favorável contra os brasileiros. Até mesmo o Corinthians fora eliminado por ele em 1991, cabe à revanche do clube paulista, duas décadas depois.

Tite, o xerife, deverá ficar atento contra os “Hermanos”, pois o duelo será mítico para história do futebol Corintiano, mas, está longe de ser o mais importante. Cabe a ele, controlar a emoção de seus atletas, principalmenteo Sheik, cuja suspensão contra o Santos foi prejudicial ao time.

O novo dono da América conheceremos no dia 04 de julho, dia da independência dos EUA, que a coincidência de uma data libertária tire as amarras que são como “espectro” na vida de um Corintiano. E, os tornem, campeão da libertadores 2012, ano que acabará o mundo, para os anti-corintianos, é claro.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

MMA cresce com ajuda da mídia

A junção de todas as artes marciais em uma única luta resultou no MMA - mixed martial arts, luta parecida com o antigo “Vale-tudo”, mas com regras e enfoque diferentes. A modalidade, que para muitos não pode ser considerada um esporte, tem atraído atletas e fãs por todo o mundo. Surgiu no início da década de 90, especificamente no Japão, porém, com a publicidade americana, se espalhou por todos os continentes.




A principal empresa organizadora do evento esportivo é a norte-americana “UFC”, comprada pelos irmãos Fertitta, em 2002, por dois milhões de dólares, e hoje é avaliada em dois bilhões de dólares, revela um estudo da revista americana forbes, publicado no início deste ano. Seu crescimento econômico está relacionado com a superexposição na mídia, e a relação publicitária da empresa com seus atletas, conclui a pesquisa.


Segundo a socióloga Marilda Costa, professora da Universidade de Sorocaba (Uniso), o capitalismo já se instaurou nessa nova “febre midiática”. Ela explica que nesses espetáculos há um amplo circuito de instituições e pessoas que podem ganhar e lucrar com a atividade. São diversos produtos esportivos que atletas e pessoas que seguem o MMA podem comprar para entrar na moda esportiva.

No Brasil, os clubes de futebol estão fazendo parcerias com o MMA. O Corinthians, recentemente, assinou contrato com Anderson Silva, principal atleta da categoria peso-médio. Silva terá que usar o uniforme do clube em todas as entrevistas coletivas relacionadas à sua carreira.


A modalidade também cresce no público feminino, segundo o técnico de Jiu-jitsu Herman Guitierrez, que dirige uma equipe de lutadores em Sorocaba. Para Gutierrez, as mulheres tem toda a capacidade de praticar o esporte, desde que, conheça os conceitos básicos das artes marciais para um melhor aproveitamento dos golpes.

Sobre o porquê de tanta procura do público para assistir o espetáculo, à socióloga fez uma analogia com os gladiadores da Roma antiga, quando as pessoas ficavam entusiasmadas com a violência de quem estava lutando. “Nesse sentido se estabelece uma comunicação em nível simbólico com a plateia. Onde quem assiste não pode sair realizando, porque obedecemos na maioria das situações, as normas sociais, que regem o comportamento humano”.