A junção de todas as artes marciais em uma
única luta resultou no MMA - mixed martial
arts, luta
parecida com o antigo “Vale-tudo”, mas com regras e enfoque diferentes.
A modalidade, que para muitos não pode ser considerada um esporte, tem atraído
atletas e fãs por todo o mundo. Surgiu no início da década de 90, especificamente
no Japão, porém, com a publicidade americana, se espalhou por todos os continentes.
A
principal empresa organizadora do evento esportivo é a norte-americana “UFC”, comprada
pelos irmãos Fertitta,
em 2002, por dois milhões de dólares, e hoje é avaliada em dois bilhões de dólares,
revela um estudo da revista americana forbes, publicado no início deste ano. Seu
crescimento econômico está relacionado com a superexposição na mídia, e a relação
publicitária da empresa com seus atletas, conclui a pesquisa.
Segundo
a socióloga Marilda Costa, professora da Universidade de Sorocaba (Uniso), o capitalismo
já se instaurou nessa nova “febre midiática”. Ela explica que nesses espetáculos há um amplo circuito de
instituições e pessoas que podem ganhar e lucrar com a atividade. São diversos
produtos esportivos que atletas e pessoas que seguem o MMA podem comprar para entrar
na moda esportiva.
No
Brasil, os clubes de futebol estão fazendo parcerias com o MMA. O Corinthians, recentemente,
assinou contrato com Anderson Silva, principal atleta da categoria peso-médio.
Silva terá que usar o uniforme do clube em todas as entrevistas coletivas
relacionadas à sua carreira.
A
modalidade também cresce no público feminino, segundo o técnico de Jiu-jitsu Herman
Guitierrez, que dirige uma equipe de lutadores em Sorocaba. Para Gutierrez, as
mulheres tem toda a capacidade de praticar o esporte, desde que, conheça os
conceitos básicos das artes marciais para um melhor aproveitamento dos golpes.
Sobre
o porquê de tanta procura do público para assistir o espetáculo, à socióloga fez
uma analogia com os gladiadores da Roma antiga, quando as pessoas ficavam entusiasmadas
com a violência de quem estava lutando. “Nesse sentido se estabelece uma comunicação em nível simbólico com a plateia.
Onde quem assiste não pode sair realizando, porque obedecemos na maioria das
situações, as normas sociais, que regem o comportamento humano”.
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